O capacete é o item de segurança mais importante para os motociclistas.
Mesmo assim, o seu uso ainda não recebe a devida importância por todos
os condutores. No Ceará, 67,5% dos motociclistas sempre utilizam
capacete, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada este ano pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo
levantamento, 32,5% dos motociclistas do Estado não têm como hábito o
uso do capacete, comportamento que revelado nas estatísticas de mortos e
sequelados em acidentes de trânsito envolvendo motocicletas.
Considerado pelo Governo do Estado item essencial de consumo da
população, o capacete foi incluído na mensagem de nº 7.905, já em
tramitação na Assembleia Legislativa, para redução da alíquota do ICMS
de 12% para 7%, como forma de incrementar o uso pelos motociclistas.
Estudo sobre segurança no trânsito da Organização Mundial da Saúde (OMS)
mostra que usar capacete corretamente reduz em até 40% o risco de morte
e em até 70% as chances de sofrer ferimentos graves na cabeça. O
Ministério da Saúde, por sua vez, aponta estudos mostrando que o uso de
capacetes pode prevenir cerca de 69% dos traumatismos crânio-encefálicos
e 65% dos traumatismos da face. O capacete é um item de segurança
obrigatório para os motociclistas, conforme o Código Brasileiro de
Trânsito (CTB), e é fundamental para evitar consequências mais graves em
acidentes de trânsito. Quem não usa o capacete, além de colocar a
própria vida em risco, comete uma infração gravíssima, com multa de R$
191,54 e suspensão direta do direito de dirigir.
Em 2014 foram registrados no país mais de 127 mil internações por conta
de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, o que representou
gasto de R$ 183,1 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). No Ceará
foram 732 mortes. A partir de 2010, o maior número de óbitos ocorreu em
2012, com 841 mortes de motociclistas e garupeiros, de acordo com o
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O
Instituto Dr. José Frota (IJF), principal hospital de referência em
traumas do Ceará, os atendimentos a acidentados com motocicletas somaram
7.382 pacientes no primeiro semestre de 2014 e 6.755 pacientes no mesmo
período deste ano. No Hospital Regional do Cariri (HRC), do Governo do
Estado referência em trauma para toda a macrorregião do Cariri, foram
realizados 3.782 atendimentos a motociclistas acidentados em todo o ano
de 2014, com 14 mortes, e 2.677 atendimentos até setembro deste ano,
também com 14 óbitos.
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