
Pela primeira vez desde 1995, o município de Tauá não deverá realizar o tradicional carnaval de rua. A confirmação oficial ainda não foi feita pela Prefeitura Municipal, mas o Blog do Wilrismar apurou que como a grande maioria dos municípios do interior do Estado que também realiza a festa momina está seguindo a orientação do Tribunal de Contas dos Municípios para que evitem gastos com o carnaval em virtude da possibilidade de ocorrer uma seca ainda maior do que em 2014, os prefeitos estão acatando a recomendação.
O TCM considera os gastos com Carnaval “não prioritários”, já que agora todas as prefeituras terão que cumprir as metas de pagar o novo piso salarial de professores (R$ 1.917,78) e o salário mínimo (R$ 788,00), além de estar atentos ao alerta da iminência de mais um ano de estiagem.
“Os gestores são os que sabem melhor da vida de seus municípios, mas onde existe uma tradição de Carnaval nós respeitamos que se promova, até pelas receitas que são geradas para estas cidades. Contudo, aqueles que enfrentam dificuldade em folha de pagamento não há por quê promover o evento”, explicou o presidente da Aprece e prefeito de Piquet Carneiro, Expedito Nascimento (PSD).
Carnaval cancelado
Nos municípios de Acopiara, Crateús, Iguatu, Catarina, Piquet Carneiro, dentre outros, os prefeitos já oficializaram a decisão de não realizar a festa em virtude das dificuldades da seca e também da posição do TCM.
Na Região dos Inhamuns, Sertões de Crateús, Centro Sul e Sertão Central, a quase totalidade dos municípios não realizará a festa.
Tauá deve anunciar decisão essa semana
O prefeito de Tauá, Dr. Júlio César está conversando com a prefeita Patrícia Aguiar e os secretários municipais para tratar do assunto e poderá ainda esta semana anunciar a decisão.
Outra situação que pode contribuir para a não realização da festa é o corte de gastos já decretados pelos governos, federal e estadual, que liberavam verbas para a realização do evento.
Em 2014 o Tauá Folia só aconteceu porque o deputado federal Domingos Neto conseguiu liberar recursos federais e estaduais. Agora, em início de governos os cofres estão fechados.
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