quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sindicato dos Médicos afirma que protesto não foi contra estrangeiros e, sim, contra governo


O Sindicato dos Médicos do Ceará se defendeu, nesta terça-feira (27), das acusações de demonstração de intolerância e xenofobia durante manifestação realizada, ontem, na Escola de Saúde Pública. No ato, médicos contrários ao programa “Mais Médicos” do governo federal chamaram os profissionais estrangeiros, principalmente, cubanos, que vieram ao Ceará para trabalhar no interior, de “incompententes” e “escravos”
Segundo José Maria Pontes, presidente do sindicato, a vaia e o protesto não foram para os profissionais e, sim, para os gestores públicos que representam o programa. Ele explicou que os médicos cubanos são bem-vindos, mas a categoria cearense não aceita que eles não se submetam ao exame “revalida”. O presidente confirmou, ainda, que o sindicato considera o trabalho que eles vão desenvolver aqui “escravo” porque os cubanos não teriam direitos trabalhistas, não receberiam o valor devido e estariam sujeitos a um regime que proíbe a vinda da família, o casamento com brasileiros e a saída do local de trabalho. Ele negou que tivesse ocorrido atos de hostilidade contra os estrangeiros.
Hoje, inclusive, o sindicato deu entrada no Ministério Público do Trabalho em ação contra exploração dos médicos cubanos no Brasil. As declarações do sindicatos dos médicos do Ceará foram feitas em resposta ao Conselho Estadual de Saúde que, hoje, pediu a retratação do órgão e divulgou nota de repúdio durante treinamento dos médicos estrangeiros.

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