sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Professores estaduais votam pela continuidade das negociações sem paralisação; clima fica tenso


Professores estaduais decidiram pela continuidade das negociações com o Governo do Estado, sem paralisação das aulas, em assembleia no Ginásio Paulo Sarasate. O ginásio estava tomado pelos docentes e o clima ficou tenso, devido à insatisfação de alguns professores que defendiam uma nova paralisação. Grupos de estudantes da rede estadual também acompanharam o movimento.

O professor Reinaldo Mapurunga defendeu o retorno da paralisação, e chamou o sindicato de “pelego”. Em sua fala, o presidente da Apeoc, Anísio Melo, posicionou-se favorável à manutenção das negociações.

Após a votação, professores que queriam a volta da greve se revoltaram. O presidente da Apeoc, Anízio Melo, precisou ser escoltado por outros membros do sindicato, porque algumas pessoas queriam agredi-lo.

Dentro do ginásio, houve confroto e quebra-quebra. Um grupo de docentes ainda se dirigiu ao lado de fora do ginásio e tentaram depredar um carro, que pensavam ser de Anízio Melo. Não há informaçao sobre feridos graves.

O presidente da Comissão de Educação da OAB-CE, Edimir Martins, esteve na votação e defendeu que a assembleia deveria ter sido mediada por alguma entidade isenta à questão, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ou a própria OAB. “O processo não devia ter sido regido pela Apeoc, que é a parte interessada no processo”, disse Edimir à rádio O POVO/CBN.

Em contato com O POVO Online, o advogado da Apeoc, Fabiano Lima, disse que a condução da assembleia por parte do presidente da Apeoc é norma prevista no estatuto do sindicato. “A assembleia foi conduzida dentro da legalidade. Ilegal seria se fosse conduzida pela CUT ou OAB, que são entidades estranhas ao processo”, disse Fabiano. Segundo ele, ambas as entidades foram convidadas pela própria Apeoc a presenciarem a assembleia, mas apenas como observadoras.

Ainda assim, segundo Edimir, a assembleia deve ser considerada legítima, a menos que alguma entidade queira contestar a votação judicialmente.

(O POVO Online)

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