sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Governo estuda descontar salário por falta de policiais em greve no CE



Governo vai decidir na segunda (28) se salário de policiais será descontado.
Policiais civis do Ceará trabalham com 30% da categoria desde outubro.
O Governo do Estado do Ceará estuda descontar o pagamento de policiais civis em greve por falta, de acordo com o chefe de gabinete da Polícia Civil, Fernando Castelo. Segundo ele, o Governo tem o controle dos policiais em greve que não compareceram desde 15 de outubro, quando a categoria retornou à greve, e vai decidir se haverá ou não o corte na segunda-feira (28).

Castelo justifica que "no entendimento do governo, a greve é ilegal". A greve dos policiais civis no Ceará foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a decisão judicial que determina a greve como ilegal. O STF entendeu que o juiz da 6ª Vara não tinha competência para julgar a greve dos policiais civis. "No entendimento do Governo do Estado, a derrubada da decisão não retira a ilegalidade da greve", afirma Castelo.
O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira no Estado de Ceará (Sinpoci) divulgou nota na tarde desta quarta-feira (25) em que informa que cerca de 199 policiais civis podem ter seus vencimentos descontados. Segundo o texto divulgado, a ação partiu das secretarias estaduais de planejamento (Seplag) e de segurança pública (SSPDS).

O sindicato orientou os policiais civis a retirarem extratos do banco com seus lançamentos futuros para entregar na sede do Sinpoci. A diretoria do Sinpoci afirma que não recebeu nenhum documento oficial do Governo do Estado com essa informação.

Reivindicações
Os sindicalistas reivindicam que o salário de um policial seja o equivalente a 60% do salário de delegado. Atualmente, o salário do policial representa 30% do salário de um delegado. O Governo do Estado argumenta que a reivindicação exigida é “impraticável”, já que o aumento seria de 100%.
O sindicato quer também a contratação de aprovados em concurso e a eliminação da parte do texto que exige que policiais devem ter curso superior para receber promoções.

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