terça-feira, 31 de março de 2015

Tucanos voltam a cobrar redução do gigante, caro e ineficiente ministério do governo petista



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Enquanto a maior parte do ajuste fiscal cai nas costas dos brasileiros, o governo Dilma Rouseff insiste em manter intocada uma gigantesca máquina governamental na Esplanada dos Ministérios. Os números assustam: os 39 ministérios custam aos cofres públicos cerca de R$ 400 bilhões ao ano – o equivalente a 4,1% do PIB, sendo R$ 214 bilhões somente em salários. São quase 900 mil funcionários, sendo 113 mil cargos de confiança e comissionados – cerca de 7 mil apenas na Presidência da República. Para tucanos, o Brasil não pode se dar ao luxo de manter uma estrutura dessa dimensão – cara, ineficiente e ocupada por milhares de “companheiros”.
Reportagem da revista “Istoé” publicada no fim de semana mostra o tamanho da distorção. Os Estados Unidos possuem 15 ministérios, assim como a média de parte dos países europeus. Na Argentina, são 14. Países da África, como Moçambique, possuem 28. Aqui Dilma ampliou a já inchada Esplanada deixada por Lula.
Segundo a deputada Mariana Carvalho (RO), o governo federal deveria rever sua estrutura. “Vemos um número altíssimo de ministérios sem necessidade”, apontou nesta segunda-feira (30). Além disso, a tucana destacou que parte deles só existe para beneficiar partidos políticos, amigos e companheiros. Se Dilma tivesse um olhar especial, “deixaria de agradar seus companheiros para agradar o povo”. Para a tucana, o Brasil teria a ganhar com um enxugamento, até porque o dinheiro poderia ser usado para beneficiar a população.
Nem Dilma sabe quem são – De acordo com o deputado Rogério Marinho (RN), são tantos ministérios que nem mesmo a presidente sabe listar quem são todos os ministros. Para o tucano, o governo não dá exemplo. E se a petista não começar a reduzir os custos partindo da própria administração, demonstrará que os ajustes não possuem seriedade alguma. “A conta vai cair no colo das pessoas mais pobres e mais humildes com reajustes de tarifas públicas, diminuição de gastos sociais e redução de direitos trabalhistas”, alertou.
Segundo a revista, Dilma e sua equipe consomem mais do que os programas sociais. “A criação desses ministérios é uma forma de abrigar a base aliada do governo e acelerar ainda mais as distorções dentro da máquina pública”, afirmou à “Istoé” o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira.

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