A primeira pesquisa divulgada depois do início oficial da campanha
eleitoral causou surpresa no Palácio do Planalto. O principal alerta foi
com o número que indica empate técnico no segundo turno entre a
presidente Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, no limite da margem de
erro. A pesquisa Datafolha foi divulgada na noite desta quinta-feira
(17) pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
A expectativa era de que Dilma tivesse alguma folga nessa pesquisa,
depois da realização da Copa do Mundo. Mas a oscilação positiva não foi
comprovada nos números. Chama atenção a rejeição de Dilma que passou de
32%, no início de julho, para 35% nesta pesquisa. A avaliação do governo
também acendeu a luz amarela no Planalto: a avaliação positiva caiu de
35% para 32%; enquanto a avaliação negativa subiu de 25% para 29%.
Integrantes do governo e da campanha de Dilma ainda tentam entender os
números do Datafolha. Na segunda-feira, houve uma grande operação para
divulgar números positivos sobre a organização da Copa. Mas há o
reconhecimento interno de que, depois do vexame da seleção brasileira no
jogo com a Alemanha, o mau humor contaminou os brasileiros.
Um dado da pesquisa Datafolha, divulgado na quarta-feira, já apontava
que a insatisfação com a Copa voltou a crescer. O número de pessoas que
responderam que a Copa trouxe mais prejuízos do que benefícios para os
brasileiros subiu oito pontos, de 46% para 54%. Já os que acham que
trouxe mais benefícios do que prejuízos, caiu nove pontos: de 45% para
36%.
Nas palavras de um dirigente petista, é preciso ter cautela com os
números. Para a militância, a ordem é explorar aspectos positivos da
pesquisa, como o fato de Dilma aparecer em primeiro lugar na pesquisa,
com boa folga. Mas internamente, já há o reconhecimento que haverá o
segundo turno.“E o segundo turno é uma nova eleição, com o tempo igual
dividido pelos dois candidatos. Por isso, é preciso fazer uma comparação
entre governos. Não tem jeito: um candidato à reeleição tem que mostrar
o que já fez. No caso de Dilma, mostrar o conjunto de 12 anos de
governo: dela e do Lula”, ressaltou ao Blog um ministro petista.
G1
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