Com candidatura homologada para deputada federal, a ex-prefeita de
Fortaleza, Luizianne Lins (PT), afirmou, ontem, que não subirá no
palanque do candidato ao Governo do Estado, Camilo Santana (PT). A
exceção, disse, se for com a presença da candidata à reeleição para a
Presidência da República, Dilma Rousseff (PT). Camilo foi lançado pelo
governador Cid Gomes (Pros), desafeto político da ex-prefeita.
Em
maio, Luizianne disse ao jornal O POVO que seu grupo do PT não ajudaria o
candidato apoiado por Cid em hipótese alguma, nem se fosse petista.
Ontem, durante caminhada com militantes do partido, a candidata
condicionou o recuo à hipótese de Dilma vir ao Ceará.
“Não
farei campanha contra, mas não espere de mim engajamento com aqueles que
dia após dia me xingam e me desqualificam”, disse a ex-prefeita,
referindo-se aos irmãos Cid e Ciro Gomes e ao prefeito de Fortaleza,
Roberto Cláudio (todos do Pros).
A ex-prefeita pontuou que
pedirá audiência com o ex-presidente Lula e com o presidente nacional do
partido, Rui Falcão, nesta semana, para tratar sobre a situação do
Ceará. Por ter se colocado como pré-candidata ao Governo caso o PT
tivesse candidatura própria, Luizianne criticou a ausência de prévias
para escolher entre seu nome e o de Camilo.
O presidente do
PT-CE, Francisco de Assis Diniz, afirmou que o partido obedeceu às
deliberações do Encontro de Tática, que concedeu ao Diretório Estadual a
prerrogativa de fechar os acertos de chapa com os aliados.
Inelegibilidade
Apesar
de tramitar na Justiça Eleitoral recurso à decisão do juiz Josias
Menescal, que condenou, em fevereiro deste ano, Luizianne à
inelegibilidade até 2020, a petista está judicialmente apta para
concorrer às eleições.
De acordo com o advogado dela,
Rodrigo Cavalcante, no julgamento da cautelar que pedia o efeito
suspensivo da decisão, a juíza Joriza Magalhães garantiu que Luizianne
não poderia ser considerada inelegível a partir de decisão em primeiro
grau. Ela só se tornará inelegível caso a decisão seja acatada em
segunda instância.

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