Belo Horizonte. A defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola, condenado na noite de sábado a 22 anos de prisão em regime fechado
pelo homicídio e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, ex-amante do
goleiro Bruno Fernandes de Souza, afirmou, ontem, que irá recorrer da
decisão dos jurados.
Acusado
de homicídio e ocultação do cadáver da ex-amante do goleiro Bruno, o
policial aposentado foi condenado a 22 anos de prisão FOTO: DIVULGAÇÃO
Os
advogados de Bola vão argumentar que houve irregularidades durante o
processo do júri, e que a decisão foi contrária às provas que constam
nos autos.
O principal advogado de Bola, Ércio Quaresma, disse
que "obviamente já manejou recurso", e atribuiu à imprensa influência na
condenação do réu.
"A imprensa tem que repensar seu
comportamento, o prejulgamento tem uma influência monumental no
resultado que está aqui", disse.
De acordo com as atuais regras
de progressão de regime prisional, Bola poderá pedir para cumprir pena
em regime semiaberto após cumprir dois quintos de sua pena, o que
corresponde a aproximadamente nove anos. Enquanto aguardava o
julgamento, ele já cumpriu três anos.
Eliza desapareceu em junho
de 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. O ex-policial civil Bola,
apontado como o executor do assassinato da ex-modelo, foi o quinto réu
julgado pelo crime.
Antes, foram julgados Luiz Henrique Romão, o
Macarrão, ex-secretário do ex-goleiro do Flamengo, e Fernanda Castro,
ex-namorada do jogador. Depois deles foram julgados Bruno e sua
ex-mulher, Dayanne Souza - a única absolvida.
Na sentença, a
juíza Marixa Fabiane Lopes classificou Bola como "agressivo" e
"impiedoso", e afirmou que o réu "tinha plena consciência da gravidade
de seu ato" e "agiu amparado pela certeza da impunidade". Interrogado no
sábado (27), Bola chorou e disse ser inocente. "Eu jamais mataria
alguém", afirmou.
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