Mais
de um terço das escolas públicas brasileiras, o equivalente a um total
de 35%, sofrem com o problema do tráfico de drogas em suas proximidades.
No Nordeste, o Ceará ocupa a 3ª posição no ranking, com 30% das escolas
no Estado inseridas nessa realidade. Dos 2.728 diretores no Estado que
responderam o questionário que baseia a pesquisa, 812 afirmaram a
existência do problema.
Os dados foram levantados pelo portal
QEdu: Aprendizado em Foco, uma parceria entre a empresa Meritt e a
Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para a
educação. Para apontar os resultados, o levantamento se baseou nas
respostas dos questionários socioeconômicos da prova Brasil 2011,
aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), e divulgada no ano passado. Ao todo, 54,5 mil
diretores de escolas públicas de todo o País responderam perguntas que
tratavam do perfil, das condições da escola e das anormalidades nas
instituições, item esse que engloba a questão sobre o tráfico de drogas
nas proximidades das escolas públicas. Destes, 18,9 mil diretores
apontaram a existência da atividade.
Em 1º lugar na Região vem o Estado de Pernambuco, com 34% das escolas
públicas inseridas no contexto, seguido pelo Rio Grande do Norte, com
31%. O Piauí aparece não apenas com o melhor índice do Nordeste, mas do
País, com 15,3%. No ranking nacional, o Distrito Federal aparece com a
maior proporção do Brasil, onde mais da metade das instituições, o
equivalente a 53,2% do total, registram a ocorrência de venda e compra
de drogas nas redondezas.De acordo com o coordenador de Projetos da Fundação Lemann e responsável pelo estudo, Ernesto Martins, não há como isolar a escola no contexto a qual está inserida, ou seja, se ela faz parte de um todo maior e havendo violência fora, esta poderá também chegar aos grandes centros de ensino.
Combate
Sobre o assunto, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc)informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não teve acesso à pesquisa, mas que fará uma análise dos dados e assim que concluir os estudos poderá comentar os resultados apresentados.
Entre os programas desenvolvidos para
combater o problema, conforme a Secretaria de Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS), também por meio da assessoria de comunicação, está o
Proerd, Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência, da
Polícia Militar. O objetivo é desenvolver ações de conscientização sobre
os riscos da utilização de drogas junto a crianças em idade escolar. O
relações públicas da PM, tenente-coronel Fernando Albano, ressalta
também que, além das ações desenvolvidas pela SSPDS, a PM faz um
trabalho ostensivo para todo e qualquer crime, inclusive o tráfico de
drogas.
DN
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