Para aliviar as contas dos municípios, médicos contratados por
diferentes prefeituras no país serão trocados por profissionais do Mais
Médicos, programa do governo Dilma Rousseff (PT) para levar estrangeiros
e brasileiros para atendimento de saúde no interior e nas periferias.
Na prática, a medida anunciada por prefeitos e secretários de saúde pode
ameaçar a principal bandeira do plano: a redução da carência de médicos
nesses lugares.
A reportagem identificou 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem
fazer demissões para receber as equipes do governo federal. Segundo as
prefeituras, essa substituição significa economia, já que a bolsa de R$
10 mil do Mais Médicos é totalmente custeada pela União.
As cidades que já falam em trocar suas equipes estão no Amazonas (Coari,
Lábrea e Anamã), Bahia (Sapeaçu, Jeremoabo, Nova Soure e Santa
Bárbara), Ceará (Barbalha, Cascavel, Canindé) e Pernambuco (Camaragibe).
Hoje, as prefeituras recebem da União cerca de R$ 10 mil por equipe no
programa Saúde da Família. Complementos de salários e encargos, porém,
são pagos com recursos de cada cidade.
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