Em coletiva realizada nesta segunda-feira (17), na sede provisória da Divisão Anti-Sequestro (DAS), no bairro de Fátima, a Polícia Civil do Estado do Ceará deu mais detalhes sobre o sequestro de duas crianças ocorrido na última quinta-feira (13), quando elas chegavam à escola onde estudam, na Praia de Iracema. Segundo as autoridades, quem planejou o crime foi o empresário do ramo de frigoríficos, Marcílio Mendonça Damasceno, de 26 anos, que estava com dívidas na empresa onde o pai de uma das vítimas trabalha como diretor financeiro.
Conforme a Polícia Civil, Marcílio, que não possui antecedentes criminais, é proprietário de dois frigoríficos na Barra do Ceará. Ele foi preso na manhã da última sexta-feira (14), mesmo dia em que uma operação conjunta da DAS, Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) conseguiu resgatar as crianças sem ferimentos, em uma casa na praia da Taíba.
Outros envolvidos
Ao invadir o cativeiro, a polícia também prendeu Antônio Samuel Matheus Soares Evangelista (21), Francisca Vitória Gomes dos Santos (20) e Roseane Vasconcelos Rego (24), que também não possuem antecedentes criminais, além de Rafael Azevedo dos Santos (25), mais conhecido como "Borracha", que já responde por tráfico de drogas.
Todos os quatro teriam sido arregimentados por Marcílio para participarem do crime. Com eles, as autoridades também apreenderam dois revólveres e o material utilizado na ação criminosa. O bando será autuado por extorsão mediante sequestro, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.
Segundo a DAS, outras duas pessoas envolvidas no crime também já foram identificadas, mas continuam foragidas.
O caso
Na manhã da última quinta-feira, quando chegavam na escola, as crianças foram capturadas pelos criminosos. O pai de uma das vítimas também foi arrebatado pelos bandido no carro dele, mas acabou libertado pouco tempo depois.
Patrulhas da Polícia Militar chegaram a realizar buscas na área por achar que se tratava de um roubo com restrição da liberdade das vítimas, conhecido como sequestro-relâmpago. Quando ficou configurado o sequestro, a PM se afastou do caso a pedido da família, apesar de ter continuado com as investigações.
DN Online
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