Na capital, das 262 agências existentes, 173 estão fechadas, enquanto
que no Interior, das 305, 217 seguem paralisadas. O movimento tem 100%
de adesão nos bancos públicos (BB, CEF e BNB) e segue crescendo a cada
dia nos bancos privados.
“Queremos deixar claro que nossa paralisação não é contra a clientela e
sim contra os banqueiros, que lucram absurdamente, mas na hora de
negociar com os trabalhadores usam a desculpa da crise para tentar nos
impor uma proposta rebaixada”, afirma Carlos Eduardo Bezerra, presidente
do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE). Ele completa: “a adesão
crescente demonstra a indignação da categoria com as metas abusivas, com
o assédio moral e principalmente, com a proposta de 5,5% oferecida
pelos banqueiros que não repõe sequer a inflação do período. Enquanto
não houver uma proposta digna vamos continuar firmes em defesa dos
nossos direitos”.
A Fenaban não faz nova proposta há 20 dias. Após um mês de negociações
com o Comando Nacional dos Bancários, no dia 25 de setembro apresentaram
índice de reajuste para a categoria com perda real de 4% o que levou os
trabalhadores a essa forte greve.
Comando Nacional reforça necessidade de aumento real
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na última quarta-feira (14),
em São Paulo, para avaliar os nove dias de greve. O balanço feito pelos
dirigentes de todo o Brasil é que o movimento está melhor a cada dia,
com apoio dos clientes e da opinião pública em geral.
Os representantes sindicais ainda reafirmaram que os bancários merecem
aumento real, por serem responsáveis pelos altos lucros dos bancos. A
expectativa dos trabalhadores é que, com o fortalecimento da greve, os
banqueiros retomem a mesa de negociação com uma postura mais respeitosa.
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