Tasso Jereissati falou, ao lado da mulher, dona Renata Queiroz, e
do candidato a governador Eunício Oliveira, na convenção do PSDB, ontem
à tarde, que homologou o seu nome para disputar a vaga de Senador da
República
fotos: kleber a. Gonçalves
A confirmação da candidatura de Tasso Jereissati ao Senado aconteceu
durante a convenção do PSDB, realizada na tarde de ontem, quando foi
homologada, também, a coligação com o PMDB do candidato Eunício Oliveira
ao Governo do Estado e a chapa proporcional. Para a primeira suplência
de Tasso o candidato será o vice-presidente do DEM, empresário Chiquinho
Feitosa, enquanto a segunda suplência é do médico Fernando Façanha, do
PSDB.
Além das lideranças tucanas, Eunício Oliveira (PMDB), Roberto Pessoa
(PR), Moroni Torgan (DEM), Chiquinho Feitosa (DEM) e Alexandre Pereira
(PPS) também subiram ao palanque para assegurar apoio à decisão de Tasso
Jereissati em participar da disputa.
Ontem, além da convenção do PSDB, também foi realizada a convenção do
PR, em Maracanaú, que homologou a candidatura de Roberto Pessoa a
vice-governador na chapa de Eunício. Já durante a noite, o DEM
oficializou a presença do partido na chapa majoritária e confirmou os
demais nomes para as eleições proporcionais. Moroni Torgan vai concorrer
ao pleito para uma vaga de deputado federal.
O ex-senador Tasso Jereissati afirmou que não poderia ficar omisso
durante esse processo por causa da responsabilidade dele em buscar
preservar tudo o que foi construído em anos anteriores pelo PSDB.
"Eu fui convencido de que nós temos um projeto maior no País e no
Estado. Eu não poderia simplesmente me omitir diante desse momento em
que estamos. Então, em nome desse projeto nacional é que eu vou
participar dessa luta para que a gente preserve tanta coisa que a gente
construiu ao longo desses anos, como a democracia, as instituições, o
real, a estabilidade da moeda", explicou.
Decisão
O ex-senador lembrou que, logo após o pleito de 2010, prometeu que não
voltaria a disputar nenhum cargo para permitir que novas lideranças
ganhassem espaço na política local, mas alegou que foi convencido a
repensar essa decisão.
"Até uns 20 dias atrás, eu continuava firme nesse objetivo que eu tinha
feito com todos os meus amigos e, principalmente, com minha família.
Aqui está minha mulher Renata, de cara fechada para mim (ela sorriu).
Antes de ontem à noite, eu cheguei em casa e minhas malas já estavam na
calçada. Ainda bem que não encontrei com meus filhos, mas fiquei
convencido que nós tínhamos um projeto muito maior. Pelo nosso País,
pelo nosso Estado do Ceará é que eu não poderia ficar omisso nesse
momento. Eu mesmo não iria me sentir bem vendo as coisas acontecerem",
pontuou.
Em cima do palanque, Tasso Jereissati também comparou o desejo dele de
participar do pleito neste ano com o que o motivou a entrar na disputa
de 1986. "Naquele tempo eram três coronéis de famílias diferentes. Agora
não. É concentrado numa família que forma uma oligarquia e que
pressupõe ser dona do destino e da verdade de todos os cearenses",
comparou.
O ex-senador também reforçou o apoio à candidatura de Aécio Neves à
Presidência da República e brincou com Eunício Oliveira ao afirmar que, a
princípio, ele não gostava tanto da ideia, mas que já estava mais
simpático à tese. "Apesar de o Eunício não gostar muito de ouvir isso,
mas ele está cada dia gostando mais, nosso candidato é Aécio Neves para a
presidência", destacou Tasso.
Ao ser questionado se o fato de o PT encabeçar a chapa da situação
teria o motivado ainda mais para mergulhar na disputa, Tasso reconheceu:
"Acho que sim, porque interromper esse projeto de hegemonia pouco
democrática do PT faz parte do nosso projeto nacional", disse. A forma
como os partidos da coligação majoritária se organizarão para a disputa
dos cargos proporcionais foi discutida durante toda a noite de ontem,
segundo o presidente do PSDB, Luiz Pontes.
Solidariedade
Outra convenção realizada ontem foi a do Solidariedade, na Assembleia
Legislativa, para homologar sete candidatos ao cargo deputado estadual e
outras duas candidaturas para deputado federal, mas a decisão de qual
candidato a legenda deve apoiar para o Governo do Estado só seria tomada
no fim da noite.
A agremiação apoiará, nacionalmente, a candidatura de Aécio Neves para
presidente da República, mas a legenda tem, no Ceará, liberdade para
definir se seguirá com Eunício Oliveira ou Camilo Santana. "O partido
tem a primazia de ter o livre-arbítrio para escolher aqui, no Estado do
Ceará, o caminho a ser seguido. A discussão é interna. Como estão nos
dando a honra de decidir, quero fazer isso após ouvir todos", esclareceu
Genecias, após dizer que a definição seria fechada até a meia-noite.
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