Um homem invadiu, na noite de domingo, a residência do juiz da 5ª Vara
da Infância e da Juventude, Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves, que
respondeu ao ataque disparando tiros contra o invasor. O magistrado diz
ter passado momentos de pânico, enquanto o homem desconhecido
permanecia no quintal, de sua casa, tentando quebrar uma porta que dava
acesso ao interior do imóvel.
Clístenes
Gonçalves elogiou a rapidez da Polícia em atender à ocorrência e disse
que tentou, de várias formas, dialogar com o invasor FOTO: NATINHO
RODRIGUES
Segundo o magistrado, ainda não se sabe, ao certo,
o que teria motivado o acusado a pular o muro. "Ele cortou mãos e pés
nos ´pega-ladrão´ em cima do muro, quebrou os galhos de árvores e se
mostrou bastante atordoado ao ser encontrado. A única coisa que disse
foi que estava sendo perseguido por pessoas que queriam matá-lo, mas
estava visivelmente sob efeito de algum entorpecente", afirmou.
Outra pessoa
A
Polícia revela que, pouco tempo antes da invasão ao domicílio do juiz, o
homem já havia sido visto em atitude suspeita, na companhia de outra
pessoa, mas no momento em que percebeu que seria abordada, fugiu.
Uma
das vizinhas disse que viu alguém armado nas redondezas. A descrição de
todas as versões batia com o homem que foi capturado, moreno, forte,
trajando camisa azul e bermuda branca. Na residência, ele subiu uma
escada e tentava arrombar uma porta de ferro. Quebrou alguns vidros, mas
não conseguiu abrí-la. Neste momento o caseiro do local, identificado
como Paulo, fez alguns disparos com um revólver de calibre 38.
O
juiz disse que tentou dialogar com o invasor e deu até a opção para que
este saísse pelo portão da frente, mas não obteve sucesso na negociação.
A esposa e três crianças filhas do magistrado ficaram trancadas no
banheiro. A Polícia foi acionada para o local e fez a captura do homem
ainda na escada que dava acesso à cozinha.
Depois de preso, o rapaz continuava preso atordoado e dizia coisas sem nexo.
A
Polícia informou que, com o nome do acusado já havia uma ficha criminal
por porte ilegal de arma e assalto. Ele seria foragido da Colônia Penal
do Amanari (desativada por ordem da Justiça) onde deveria estar
cumprindo pena em regime semiaberto. O acusado forneceu nome falso no
plantão do 34º DP (Centro).
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