O juiz Herick Bezerra Tavares, da cidade de Jucás, no interior
do Ceará, determinou o afastamento cautelar de José Helânio de Oliveira
do cargo de prefeito da cidade, por conta de atrasos de repasse de
pagamento dos vereadores do município. O juiz aceitou a denúncia dos
atrasos feita pelo promotor de justiça de Jucás Alexandre Paschoal, do
Ministério Público do Estado.
O Ministério Público diz ainda que a Câmara Municipal de Jucás só
recebeu o repasse integral do salário em 2011 porque houve bloqueio
judicial na cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em todos
os meses do ano.
O prefeito José Helânio diz que recorreu da decisão e “está
confiante” de que o afastamento “será derrubado no Tribunal de Justiça”.
“Não é um fato de gravidade, não há corrupção nem desvio de verba, é
apenas uma questão administrativa”, diz Helânio.
De acordo com o prefeito, o repasse da verba destinada à câmara da
cidade atrasou porque a prefeitura municipal foi “surpreendida com a
queda de arrecadação, o que reduziu a receita”. “Obviamente não deixei
de repassar, mas repassei atrasado”, defende Helânio. Helânio diz ainda
que trata “com urgência” e que o pagamento dos vereadores deve ser
regularizado até sexta-feira (13).
A justiça determinou o afastamento do prefeito porque entendeu que
Helânio pode “afetar” a construção de provas contra o processo. Helânio
nega que oferece esse risco e defende que “não há motivo para ser
afastado”.
Até esta quinta-feira (12), José Helânio segue dando expediente como
prefeito da cidade, já que o vice-prefeito de Jucás e o presidente da
câmara municipal se recusaram a assumir o cargo, pos são candidatos nas
eleições municipais deste ano. A lei eleitoral torna inelegível
candidatos que tenham assumido a gestão até seis meses antes da data da
eleição. A Justiça afirma que irá fazer uma convocação dos parlamentares
municipais para nomear um sucessor como prefeito de Jucás.
Do G1
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