quinta-feira, 31 de março de 2016

Ciro chama de 'repugnante' desembarque do PMDB, ataca Temer e chama povo às ruas: 'Vai ter luta!'

 O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) convocou, na terça-feira (29), através das redes sociais, o povo brasileiro à luta contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "Levantemo-nos, povo brasileiro! VAI TER LUTA!".
A convocação ocorreu após a "repugnante" decisão do PMDB pelo "abandono do governo da presidente Dilma após 5 anos de fisiologia e roubalheira".
Temer e Cunha
Ciro ainda voltou a atacar o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). "Como anão moral, traidor e parceiro intimo de tudo que não presta, à frente deste capítulo do golpe de estado em marcha no Brasil, Michel Temer e seu sócio Eduardo Cunha".
Impeachment de Temer
Na segunda-feira (28), Ciro garantiu que Temer não assumiria a presidência, pois ele mesmo iria entrar com "pedido de impeachment no primeiro dia" pelas pedaladas fiscais assinadas pelo peemedebista.
Confira na íntegra o conteúdo publicado por Ciro na terça, às 20h07.
Acabo de assistir a uma das cenas mais repugnantes de minha já longa vida política. Em apenas três minutos o PMDB anunciou o abandono do governo da presidente Dilma após 5 anos de fisiologia e roubalheira. Trata-se de capítulo que deve encher de vergonha todo e qualquer cidadão ou cidadã deste sofrido País!
Como anão moral, traidor e parceiro intimo de tudo que não presta, à frente deste capítulo do golpe de estado em marcha no Brasil, Michel Temer e seu sócio Eduardo Cunha.
Levantemo-nos, povo brasileiro! VAI TER LUTA!

Governo transforma evento oficial em ato contra o impeachment de Dilma


No momento em que a presidente Dilma Rousseff enfrenta o momento mais difícil de seu segundo mandato, o governo federal transformou evento de entrega de moradias da terceira fase do Minha Casa Minha Vida em um palanque contra o impeachment.
Na cerimônia realizada no salão principal do Palácio do Planalto, estiveram presentes representantes de movimentos sociais que costumam apoiar o governo federal, como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, MLT (Movimento de Luta pela Terra), FNL (Frente Nacional de Luta), entre outros.
Os representantes foram colocados em lugares destinados a convidados, onde entoaram gritos de guerra pró-governo federal mesmo antes do evento começar. Os presentes chamaram o juiz Sergio Moro, o vice-presidente Michel Temer e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de "golpistas" e cantaram o já tradicional "não vai ter golpe".

Ministra do PMDB, Kátia Abreu afirma que continuará no governo e no partido


A ministra Kátia Abreu (Agricultura) foi flagrada nesta quarta-feira (30), durante a cerimônia de lançamento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, no Palácio do Planalto, enviando mensagens nas quais afirma que ela e os outros cinco ministros do PMDB decidiram não deixar seus cargos no governo Dilma Rousseff.
No texto, ela afirma que a decisão foi tomada "ontem a noite" e cita o local: "casa de Renan", numa referência à residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A ministra diz ainda que ela e os outros cinco correligionários se licenciarão da legenda em "respeito à decisão aprovada".

Temer vai fracassar se cometer o erro de distribuir ministérios, diz Aécio


Principal porta-voz da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) diz acreditar que um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) só será bem-sucedido se não forem repetidas práticas que ele critica como "equivocadas" da gestão Dilma Rousseff, como o "loteamento" de cargos em órgãos públicos e empresas estatais.
"Se Temer cometer o equívoco, e espero que não cometa, de repetir esse modus operandi de distribuir ministérios para formar o governo, ele vai fracassar", afirmou Aécio em conversa com um pequeno grupo de jornalistas nesta quarta-feira (30), em Lisboa.
"Nós estamos dispostos a nos envolver, pela emergência da crise, e eu estive com o vice-presidente há menos de duas semanas e disse isso a ele. Mas a nossa conversa não é em torno de cargo, é em torno de um projeto", afirmou o senador, que também é presidente do PSDB.
Segundo o tucano, seu partido se afastará de um eventual governo de transição caso perceba um movimento na direção da distribuição de cargos.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Audic Mota e bancada peemedebista recebem movimento pró-impeachment


O deputado Audic Mota, ao lado da bancada peemedebista da Assembleia Legislativa e membros do partido, recebeu, nesta terça-feira(29), representantes da Aliança Nacional de Movimentos Democráticos e Frente Cearense pelo impeachment, que entregaram manifesto solicitando apoio dos parlamentares aos movimentos de luta pelo impeachment.
Os membros da Aliança elogiaram a decisão do PMDB em romper aliança com Partido dos Trabalhadores (PT) e o posicionamento a favor do impedimento da presidente Dilma Roussef.
Audic Mota firmou compromisso com os movimentos de continuar a luta contra a corrupção. Para ele, o reconhecimento por parte das entidades confirma o discurso coerente dos parlamentares.
Fonte: cearanwes 

Irmão de vereadora agride radialista em Quiterianópolis

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O radialista Inácio Vieira, da Rádio FM Cidade de Quiterianópolis 88.5, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Polícia Civil de Tauá, denunciando que foi vítima de agressão na tarde desta terça-feira, 29, depois de apresentar seu programa jornalístico.
Após deixar a emissora, a vítima se dirigia para sua residência ao lado da Igreja Matriz e ao descer do seu carro foi abordado por um rapaz identificado por Narcélio Gomes, irmão da vereadora Maria Valdênia de Oliveira Costa, "Denir", que armado com um pedaço de pau e uma barra de ferro passou a agredí-lo, sem que houvesse qualquer justificativa para a prática do ato.
A violência contra o radialista só não foi mais grave porque muitos populares interviram. Ao tomar conhecimento do fato a Polícia de Quiterianópolis realizou diligência à procura do agressor, mas não conseguiu localizá-lo.
Depois do episódio, o profissional veio a cidade de Tauá, onde realizou exame de corpo de delito e registrou boletim de ocorrência na 14ª DP.
Repórter: Lindon Johnson/Rádio Difusora

Confira o calendário do processo de impedimento

 - Atualizado: 30 Março 2016 | 09h 40

Saiba quais são os próximos passos do processo que pode destituir a presidente Dilma do Palácio do Planalto

Brasília - O anúncio da saída do PMDB da base do governo, segundo alguns analistas, pode acelerar o processo de impeachment na Câmara. Mas a decisão também pode garantir à oposição os votos necessários para aprovar o impedimento da presidente na Câmara - são necessários  342 votos dos 513 deputados. Se aprovado, o processo seguirá para o Senado, onde o presidente da Casa, Renan Calheiros, terá de submeter o processo a um novo calendário. Confira os próximos passos do processo.

Calendário do impeachment


17 de março
18 de março
30 e 31 de março
ComissãoDefesaDepoimentos
Câmara aprova a Comissão Especial do Impeachment que vai analisar o pedido de afastamentoComeça a contar o prazo de 10 sessões para Dilma apresentar a defesaJuristas Miguel reale Jr. E Janaína Paschoal, ministro Nelson Barbosa e o professor Ricardo Lodi Ribeiro devem falar à comissão como convidados
4 de abril5 de abril11 de abril
Fim do prazoParecerApresentação
Se o calendário seguir sem alterações, vence o prazo para Dilma se defender no colegiadoConsiderando que o rito transcorra como previsto, começa a contar prazo de 5 sessões para a comissão emitir o seu parecerVence o prazo para a comissão apresentar seu parecer antes de ser submetido ao plenário
14 de abrilSem data
VotaçãoContinuação
Parecer pode ser levado ao plenário para votação, conforme calendário da oposição. Para ser aprovado, são necessários 342 votos dos 513 deputadosCaso a Câmara decida pelo prosseguimento da ação, a denúncia vai ao Senado, que decide, por maioria simples, se instaura ou não o processo. Haverá então a definição de um calendário com o STF

OPERAÇÃO DA PF: Operação da PF prende em Fortaleza irmão de 'Marcola'. Ele é o 'Número 2' do PCC

Marcos Herbas Camacho, o 'Marcola', está condenado a 232 anos de prisãoMarcos Herbas Camacho, o 'Marcola', está condenado a 232 anos de prisão
Uma megaoperação sigilosa da Polícia Federal capturou, em Fortaleza, o narcotraficante apontado como o “número 2” da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).  Trata-se do irmão de Marcos Herbas Herrera Camacho, o “Marcola”, o chefe da organização criminosa e condenado a 232 anos de prisão.
A prisão de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, 44 anos, foi realizada na manhã desta terça-feira (29) durante o desdobramento local de uma mobilização policial chefiada pelo Núcleo da PF na cidade de Araçatuba, no Interior paulista. Foi de lá que partiram as ordens judiciais para a deflagração da Operação “Quinta Roda”. Quatro Estados – São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará – foram alvo das diligências que visaram o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão.
“Júnior”, como é conhecido o irmão de “Marcola”,  estava morando em Fortaleza em local ainda não revelado pelas autoridades. Ele é fugitivo da Justiça de São Paulo e estaria no Ceará comandando um esquema internacional de tráfico de drogas. Na operação cerca de 560 quilos de cocaína foram apreendidos pela PF nos quatro Estados, além de armas, dinheiro e veículos. O esquema de drogas vinda do Paraguai passava por vários Estados até chegar a capitais como São Paulo e Fortaleza.
A superintendência local da PF ainda não se manifestou acerca da prisão. Informações extra-oficiais dão conta de que, ainda ontem, “Júnior”  foi apresentado à Justiça Federal.  Também não foi revelado se ele ainda permanece na Capital cearense ou se já foi transferido para São Paulo, onde deve cumprir pena.
A prisão do irmão de “Marcola” em Fortaleza é mais um episódio que confirma a atuação firme do PCC no Ceará, ao contrário do que sustenta o Governo do Estado e a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Por FERNANDO RIBEIRO

Secretário-geral da ONU faz apelo por solução para crise política no Brasil


O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon


GENEBRA -  A cúpula da ONU alerta que a crise política no Brasil pode ter um impacto internacional e, pela primeira vez, apela para que os líderes nacionais atuem para solucionar o impasse que vive o País. Em declarações exclusivas ao Estado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, indicou que a instabilidade no País entrou no radar da entidade e pediu uma reação " harmoniosa " diante da crise. 
"Por enquanto, esse é um problema político doméstico. Mas o Brasil é um País muito importante e qualquer instabilidade política no Brasil é uma preocupação social para nós ", disse Ban, em Genebra. 
O coreano fez um apelo, o primeiro em relação ao Brasil em quase dez anos de seu comando da ONU e uma atitude rara nos contatos das Nações Unidas com o País. "Peço que os líderes adotem soluções harmoniosas e tranquilas ", declarou. " Sei que é um desafio que o País vive. Mas acho que vão conseguir superar ", disse.  
Ban, que por anos apostou no Brasil e em outros governos emergentes para fortalecer o sistema multilateral, agora rompe seu silêncio e alerta para a crise. 
Na cúpula da entidade, a preocupação é de que o impasse político no Brasil possa contaminar outros governos da região onde processos democráticos ainda frágeis poderiam ser minados. 
No início de março, o secretário de Direitos Humanos, Rogério Sottili, afirmou que, em encontros com a ONU em Genebra, chegou a falar sobre a crise vivida pelo País. Seu tom foi, acima de tudo, o de mostrar que a questão de direitos humanos está ligada com o clima que vive o País. " Eu não poderia ignorar a situação que o Brasil vive hoje ", disse. 
Ao falar com jornalistas brasileiros na ocasião, Sottili ensaiou uma crítica à imprensa, dizendo que a ONU parece saber " mais do Brasil que muitos brasileiros". "Acho que aqui a informação chega de forma mais qualificada ", ironizou. 
Na entidade, porém, o recado é tanto para a oposição quanto para o governo. Há apenas uma semana, a ONU rompeu seu silêncio e alertou para a crise brasileira. Em um apelo tanto aos atuais ocupantes do governo federal como aos demais partidos políticos, a Organização das Nações Unidas disse esperar que os agentes públicos brasileiros "cooperem totalmente" com as autoridades judiciárias nas investigações sobre "suposta corrupção de alto nível, para evitar quaisquer ações que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justiça". Mas também lembrou que o Judiciário deve atuar com "escrúpulos, dentro das regras do direito doméstico e internacional, evitando adotar posições político-partidárias."
"Estamos preocupados com a possibilidade de que um círculo vicioso possa estar sendo desenvolvido que acabe afetando a credibilidade tanto do Executivo como do Judiciário", disse Rupert Colville, porta-voz da ONU.
Nesse inédito posicionamento da organização sobre a crise política brasileira, a entidade faz cobranças a todos os agentes protagonistas da atual situação ao se dizer "preocupada com os debates cada vez mais politizados e acalorados" registrados nas últimas semanas no País.
Para o Alto Comissariado, essa situação ameaça causar "um sério dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democráticas feitas nos últimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constituição que dá fortes garantias de direitos humanos".

PMDB aprova rompimento com o PT e deixa o Governo Dilma

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O Diretório Nacional do PMDB decidiu nesta terça-feira (29), por aclamação, romper oficialmente com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na reunião, a cúpula peemedebista também determinou que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus cargos.
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da reunião que oficializou a ruptura com o governo sob o argumento de que não desejava "influenciar" a decisão. No entanto, ele teve participação ativa na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira (28) em reuniões com parlamentares e ministros do PMDB em busca de uma decisão “unânime”.
Comandada pelo primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado da votação.
"A partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", enfatizou.
Após a reunião, Jucá disse que, com a decisão, o PMDB deixava bem clara a sua posiçào em relação ao governo e disse que quem quiser tomar uma decisão individual terá que avaliar as consequências.
"A partir de agora, o PMDB não autoriza ninguém a exercer cargo no governo federal em nome do partido. Se, individualmente, alguém quiser tomar uma posição, vai ter que avaliar o tipo de consequência, o tipo de postura perante a própria sociedade. Para bom entendedor, meia palavra basta. Aqui, nós demos hoje a palavra inteira", afirmou.
Ministros
Na reunião desta terça, 29, os peemedebistas decidiram que os ministros da legenda que descumprirem a determinação de deixar o governo poderão sofrer sanções, como expulsão do partido.
Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informou que Marcelo Castro permanecerá "por enquanto" tanto no cargo de ministro quanto no PMDB e aguardará os "próximos passos do partido", como o prazo que será dado pela legenda para que os ocupantes de cargos no Executivo deixem as vagas. Pela decisão aprovada pelo diretório, os peemedebistas devem sair "imediatamente".
Até esta segunda-feira, o PMDB ocupava sete cadeiras no primeiro escalão do governo Dilma. No entanto, Henrique Eduardo Alves, um dos peemedebistas mais próximos de Michel Temer, se antecipou à decisão da cúpula e entregou seu cargo a Dilma.
Dilma também lançou mão dos últimos esforços para tentar resgatar o apoio do partido. Na manhã de segunda, ela chamou ao seu gabinete no Palácio do Planalto seis dos sete ministros do PMDB para avaliar o cenário. No entanto, no fim do dia, Henrique Alves, um dos presentes ao encontro, apresentou a sua carta de renúncia.
Apesar do desembarque, Temer continuará na Vice-Presidência da República sob o argumento de que foi eleito pela população na chapa de Dilma e de que não ocupa, portanto, cargo de submissão à presidente.
Líder do PT acusa Temer de golpista
Logo após o Diretório do PMDB aprovar o rompimento com o governo Dilma Rousseff, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), afirmou nesta terça-feira (29) que o vice-presidente Michel Temer antes “posava de jurista”, mas agora é “golpista”. Para o deputado do PT, Temer é um dos principais “patrocinadores” do impeachment de Dilma.
“Tem golpe hoje no Brasil e o nome dele agora é impeachment. E tem de patrocinador Michel Temer, que posava de jurista e agora é golpista”, disse Florence, em entrevista ao lado de outros parlamentares do PT e do deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

A decisão do PMDB desta terça aumenta a crise política do governo e é vista como fator importante no processo de impeachment de Dilma. Há a expectativa de que, diante da saída do principal sócio do PT no governo federal, outros partidos da base aliada também desembarquem.

Atualmente, o PMDB detém a maior bancada na Câmara, com 68 deputados federais. O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da sigla e as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da crise econômica e a deflagração do processo de afastamento da presidente da República.

Diante da decisão do Diretório do PMDB, o PT pretende trabalhar por adesões individuais de parlamentares do partido, enquanto tenta manter o apoio dos integrantes de outras legendas da base aliada. Afonso Florence destacou que nem todas as lideranças peemedebistas estiveram na reunião do Diretório e afirmou aguardar que os ministros do partido se manifestem.

“Até onde acompanhei pela imprensa nem todo o PMDB estava lá. Temos que esperar o resultado político. Há ministros e deputados que tem que se pronunciar. O governo, o  PT e todos os defensores da democracia rechaçam o impeachment. Esperamos que parlamentares do PMDB na Câmara também o façam”, disse o líder do PT.
Oposição busca votos para afastar a Presidente Dilma 
Deputados da oposição decidiram em uma reunião nesta terça-feira (29) criar uma “força-tarefa” para monitorar a tendência de votos no processo de impeachment e convencer indecisos a se posicionarem pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), cada parlamentar oposicionista recebeu a tarefa de procurar colegas de outros partidos para dialogar sobre o impeachment.
“Estamos criando uma grande força-tarefa para procurar os deputados por bancada e estado e conseguir os votos dos indecisos. No nosso cálculo, temos mais que os 342 votos necessários, mas queremos ter uma margem boa. E tem muito deputado que está sob pressão do governo e acaba se abrindo com outros deputados”, ressaltou Mendonça Filho.
Participaram da reunião deputados de PSDB, PPS, DEM, Solidariedade e, inclusive, de alguns partidos que integram a base aliada, como PSD e PTB.
Ainda segundo Mendonça Filho, a ideia é de que o processo de impeachment seja votado no plenário da Câmara no dia 14 de abril.
Antes de ser submetido ao plenário principal, o pedido de afastamento da presidente ainda terá que ser analisado na comissão especial criada para proferir parecer pela continuidade ou não das investigações.
“Havia uma ideia de fazer a votação num domingo, mas avaliamos que o processo de impeachment não pode ser visto como uma partida de futebol. Mesmo que a votação ocorra durante a semana, o Brasil vai parar para assistir”, enfatizou o deputado do DEM.
*Matérias extraídas do site G1

terça-feira, 29 de março de 2016

MUITOS RESERVATÓRIOS ESTÃO SECOS - Chuvas não garantem aporte significativo


Foto: Marcelino Júnior
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) choveu na metade dos municípios cearenses entre as 7 horas deste domingo e 7 horas de ontem. Há dez dias o órgão não registrava pluviosidade em mais de 92 cidades. A última vez foi em 18 de março, quando choveu em 160 municípios, com maior registro em Deputado Irapuan Pinheiro (130 mm). O maior volume pluviométrico de ontem ocorreu na cidade de Piquet Carneiro (88 mm), seguido por Apuiarés (83,8 mm), Choró (74 mm), Acopiara (68 mm) e Iguatu (67 mm); estes dois últimos municípios situados no Centro-Sul. Na região da Ibiapaba, choveu em 19 dos 20 municípios, com destaque para Graça e Forquilha, ambos com 50 mm.

No Cariri, choveu em sete municípios, com maior volume em Ipaumirim (45,2 mm) e na região Norte, as chuvas banharam todos as 15 cidades. Segundo a Funceme, a previsão para as próximas 48 horas é nebulosidade variável com eventos de chuva em todas as regiões do Estado.
Açudes
Localizado no município de Itapipoca, na Serra do Quandu, a 300 metros acima do nível do mar, o Açude Quandu, com capacidade máxima de 3,37 milhões de metros cúbicos, atingiu este volume, encobrindo toda a sua parede e trazendo alegria a cerca de 200 famílias que moram em seu entorno.
Os moradores da pequena localidade, de mesmo nome, a cerca de 14 quilômetros da sede do Município, comemoram a sangria. Muitos têm revezado o manejo da terra, no plantio de milho e feijão, com a pescaria nas águas frias que avançam sobre o paredão e descem pelas cascatas, formadas por rochas Rio abaixo. O agricultor Genival Gomes Pinto lembra que, por anos seguidos, o aspecto do açude foi outro, chegando a secar quase por completo. "Em muitos trechos, o que sobrou mesmo foi muita lama, mas na maior parte o que se via eram as pedras. Desde o ano de 2009, o Açude nunca tinha sangrado como dessa vez, inverno após inverno. Agora o Quandu voltou a atrair o pessoal daqui. Eu, sempre que eu posso, dou uma arriscada na pescaria. Os peixes ainda não apareceram mas é questão de tempo", disse.
Os moradores de Itapipoca seguem com expectativa, dessa vez sobre a sangria de outro Açude, o Gameleira, responsável pelo abastecimento da cidade. A última evolução de seu volume armazenado, coletada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), aponta avanço de 95,54% sobre sua capacidade, o que significa que o Gameleira pode sangrar nos próximos dias, se persistirem as chuvas na região.
Baixo volume
Apesar das boas notícias em Itapipoca, nos demais reservatórios monitorados pela Cogerh a situação continua delicada. O volume total dos 153 açudes do Estado é de apenas 12,5%.
Além do Quandu, o Caldeirões, em Saboeiro, é o único que permanece sangrando. O Gameleira, junto com o Trici (94,15%), Colina (97,76%), e Maranguapinho (90,66%) são os reservatórios com volume acima dos 90%. Outros 126 açudes estão com volume inferior a 30% e destes, 54 estão com menos de 1%, ou seja, tecnicamente secos.
por André Costa/Marcelino Júnior - Colaboradores

Em dia decisivo, PMDB anuncia saída do governo


Foto: Agência Brasil 
Partido tradicionalmente agarrado ao poder, o PMDB deve oficializar hoje algo a que não está habituado, a saída de um governo - no caso, o de Dilma Rousseff. Por aclamação, o diretório nacional do partido aprovará a entrega de cerca de 600 cargos federais. Figura próxima do vice-presidente Michel Temer, Henrique Eduardo Alves puxou, na noite de ontem, a debandada, pedindo demissão do cargo de ministro do Turismo. A reunião que selará o fim da aliança entre a sigla e a gestão de Dilma será aberta à imprensa, com possibilidade de transmissão ao vivo por canais de televisão e contará até com link no site da TV Câmara, a partir das 15h.

Alves foi o primeiro dos sete integrantes do partido a deixar o primeiro escalão do governo da petista. Em carta à Dilma, ele citou o vice e disse que "o momento nacional coloca agora o PMDB, meu partido há 46 anos, diante do desafio de escolher o seu caminho, sob a presidência de meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer".
A debandada do PMDB é vista como determinante para o desfecho da crise que abalou o governo e ocorre mesmo após Dilma e o ex-presidente Lula terem se empenhado para contê-la. Foi Temer quem comunicou a Lula, no domingo, que o desembarque é irreversível.
Apesar do aviso, o governo passou o dia fazendo uma última para minimizar a ruptura. Dilma reuniu os ministros peemedebistas no Planalto e acenou com a distribuição de cargos. No encontro, ficou definido que o governo trabalharia a estratégia de tentar esvaziar a reunião do diretório nacional. O objetivo seria deslegitimar a reunião com a ausência de caciques de peso, como o ex-presidente José Sarney e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (AL).
Além disso, o propósito é tentar passar a mensagem que o governo ainda conta com respaldo de uma ala importante do partido. Na reunião, os ministros peemedebistas se comprometeram a não comparecer ao evento e a conversar com as bancadas federais na tentativa de evitar presenças de deputados, senadores e dirigentes estaduais e municipais da legenda.
Entrega de cargos
Os peemedebistas, porém, também sinalizaram à Dilma que será muito difícil permanecer no governo caso o partido aprove a saída da base aliada. Seis dos sete representantes da legenda na Esplanada estiveram no encontro - segundo a assessoria da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ela não compareceu por causa da morte de uma amiga.
Dois ministros ouvidos pela reportagem afirmaram que vão anunciar uma decisão conjunta depois que a definição do partido for formalizada. Mesmo aqueles que resistem à ideia de abandonar o cargo reconheceram que ficar no governo será difícil se o PMDB optar por deixar a base aliada.
Um deles classificou como "banho de água fria" a decisão da bancada do partido no Rio de abandonar Dilma, anunciada na semana passada. Por se tratar de um dos grupos mais fortes da legenda e até então o mais próximo da presidente, a ala carioca da sigla era considerada a última esperança do Planalto.
Antes da reunião com a presidente, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) teve um encontro com Temer. Ele tentou, num último apelo, convencer o vice a adiar a reunião do diretório nacional do PMDB. Segundo um aliado do peemedebista, a legenda vai dar um prazo maior, provavelmente até o dia 12 de abril, para que os ministros consigam se organizar e entregar seus cargos.
Além de Braga, compareceram ao encontro com Dilma Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).
Estratégia do Planalto
Diante da certeza de um desembarque, o governo federal vai oferecer a partidos como PP, PR e PSD cargos hoje em poder dos peemedebistas e a promessa de terem papel de "protagonistas" caso a petista sobreviva ao impeachment. Nas contas de assessores de Dilma, até 500 cargos podem entrar nas negociações.
Hoje, o cálculo do Planalto é de que o governo não tem os 171 nomes necessários para barrar o processo de impeachment na Câmara e que seria muito difícil paralisá-lo no Senado. Para auxiliares palacianos, a permanência de Dilma na Presidência vai depender dos acordos que serão fechados nos próximos 15 dias.
Unanimidade
Michel Temer anunciou que não presidirá a reunião do diretório nacional da legenda hoje. Segundo interlocutores, ele decidiu não ficar à frente do encontro para se preservar e não passar a imagem de que comandou o rompimento. Ontem, o vice-presidente rebateu ataques de aliados e militantes do PT que criticam o fim da aliança entre o seu partido e o Planalto e o acusam de participar de "golpe". Ele afirmou, em nota, que "não patrocina nenhuma ação ilegítima e age estritamente dentro da lei".
No Senado, o líder do governo na Casa, Humberto Costa (PT-PE), fez ameaça explícita a Temer, ao dizer que ele será "o próximo a cair" caso o afastamento de Dilma seja aprovado. Hoje, a reunião do PMDB será presidida pelo senador Romero Jucá (RO).
O ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, por sua vez, afirmou que o PMDB está "muito próximo" de conseguir a unanimidade em favor do rompimento. Ontem, a agenda das lideranças peemedebistas em Brasília girou em torno da meta de conseguir unanimidade para selar o fim da aliança com o governo.
À noite, Temer recebeu, em jantar, o líder do partido no Senado, Eunicio Oliveira (CE), o vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), e o presidente da fundação, Ulysses Guimarães, Moreira Franco, para tentar o apoio dos senadores à decisão majoritária de rompimento.
PSDB X PFL
Esta não será a primeira vez, desde a redemocratização, que um importante aliado do governo vai abandonar o barco. Em 2002, o PFL (atual DEM) desembarcou do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A crise entre o PSDB e o PFL, aliado de FHC desde as eleições de 1994, se deu por impasse em relação a quem seria o candidato do governo à Presidência. O partido de FHC defendia o nome de José Serra; já o PFL queria como postulante a então governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

PMDB do Ceará antecipa ruptura com o governo


FOTO: BRUNO GOMES
Os peemedebistas do Ceará apoiam, hoje, em Brasília, no encontro do diretório nacional do PMDB, a saída da legenda da base de apoio do Governo Dilma Rousseff. Os cargos do partido, dentre eles as presidências do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e da Companhia Docas, já estão à disposição do Governo Federal, conforme informou o presidente da legenda no Estado, senador Eunício Oliveira. Em 2014, então candidato ao Governo do Estado, Eunício Oliveira disputou não somente eleição com o petista Camilo Santana, mas a presença da presidente Dilma Rousseff no seu palanque, o que não se concretizou.

Eunício Oliveira afirmou que a tendência do partido é desembarcar do Governo. Segundo ele, sua relação com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula se manterá cordial, salientando que a decisão a ser tomada é partidária. Ele ressaltou que está "pouco preocupado" com questões sobre cargos políticos, destacando também que suas indicações, tanto para o Banco do Nordeste quanto para a Companhia Docas, estão à disposição do Governo.
O senador afirmou ainda que em 2014 apoiou a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, mas não teve a contrapartida do Governo. "Isso não quer dizer nada, porque vim para cá e ajudei muito a esse Governo. Só que chega uma hora que os fatos se sobrepõem a nós todos", destacou.
Constrangimento
Eunício salientou que jamais tomaria posição contrária a seu partido. "Vou seguir o sentimento majoritário. Há um certo constrangimento, porque tem uma divisão. Alguns estados estão divididos, e essa posição poderá sair por aclamação", disse, acrescentando que algumas lideranças podem não ir ao evento.
Ele destacou que a situação é complicada para os ministros do PMDB no Governo Dilma e defendeu que elas tenham suas posições respeitadas. "Obviamente, por questões de coerência, estou colocando as minhas posições (cargos) à disposição do Governo. Também acho que os ministros, se essa for a decisão do diretório, devem, obviamente, colocar os cargos à disposição".
Para o secretário-geral do PMDB, João Melo, esse afastamento se deve ao agravamento dos cenários econômico, político e social. Ele lembrou que a maioria dos diretórios estaduais apoia o rompimento com o Governo Dilma Rousseff, mas lembra que é necessário convencer os que têm ministérios e cargos a deixarem tais pastas.
Os 119 peemedebistas com direito a voto (sete cearenses) receberam telegramas convocando-os ao evento de Brasília.
O suplente de deputado federal Mauro Benevides afirmou que, nos mais de 50 anos de carreira política, enfrentou problemas de natureza assemelhada e ressaltou que o momento é "extremamente delicado" para o Governo. "O PMDB nunca teve participação tão significativa no Governo, o último, inclusive, tomou posse recentemente na Anac. Pode ser que o partido queira sair agora, mas está muito próximo do Governo", disse.

Prefeito de Baturité é cassado por 11 votos a 2


Foto: Reprodução/Facebook 
O prefeito do município de BaturitéJoão Bosco Pinto Saraiva (Pros), conhecido como “Bosco Cigano”, teve seu mandato cassado após sessão extraordinária realizada pelaCâmara Municipal na noite desta segunda-feira (28). Dos 13 vereadores da cidade, 11 votaram a favor e 2 contra a cassação. Com a decisão dos vereadores, João Bosco deve ter o mandato extinto e a vice-prefeitaCristiane Braga (PT) deve assumir a prefeitura de Baturité. Segundo a ata da Câmara Municipal, os parlamentares concordaram, ao votar, que o então prefeito cometeu infração política e administrativa.

“Bosco Cigano” já havia sido afastado do mandato em outras ocasiões. No ano passado, aJustiça Estadual determinou que o gestor se afastasse da prefeitura por 180 dias. Dentre as suspeitas na ocasião, estavam irregularidades na licitação feita para contratação de empresa para realizar a coleta de lixo e supostas cobranças indevidas de taxas aos feirantes da cidade.
Até a publicação desta matéria, a reportagem não conseguiu entrar em contato com João Bosco